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sexta-feira, 06 outubro 2023 / Publicado em Informação em saúde

Bom para SEO, ruim para o entendimento

Quadro azul com dados com letras num canto e os dizeres: Jargão médico: usar ou não usar?

Um dos grandes desafios da comunicação em saúde é fugir do uso do jargão, das palavras técnicas complicadas que profissionais como médicos e cientistas usam com frequência. Se há consenso de que quanto mais simples o vocabulário, mais fácil é a compreensão, existe também a realidade de que as ferramentas de busca na internet costumam ser mais eficientes com termos mais específicos do que genéricos.

Assim, em nome do SEO (search engine optimization), firmou-se uma certa “cultura do jargão” no mundo das informações de saúde para o público geral. O que antes era a síndrome mão-pé-boca passou a ser nomeado como coxsackiose, por exemplo, catapora como varicela, gripe como influenza e até um simples resfriado como rinovirose.

Em algumas situações, o apelo ao jargão é reforçado pelo estigma que a palavra mais comum tem, como a escolha de escabiose no lugar de sarna. A favor da palavra técnica pesa também o fato de que a pessoa pode se deparar com o tecnicismo quando estiver em contato com os serviços de saúde, e o conhecimento dele pode ser uma ferramenta a seu favor.

Só que um texto que se pretende informativo para o público leigo cheio de jargões confunde, fica pedante e acaba por ser inadequado.

Uma alternativa razoável é incluir o jargão apenas uma vez, explicando que se trata do nome técnico. Talvez não seja tão eficaz para alimentar o algoritmo das buscas quanto incluí-lo em títulos, mas dá ao leitor a chance de reconhecer a palavra se cruzar com ela.

E, nos textos traduzidos do inglês, deve-se ter atenção para eliminar as siglas, os acrônimos que são muito mais usados na medicina de língua inglesa. Simplesmente transferir as siglas para o português e aplicá-las no texto na mesma frequência do original cria uma sopa de letrinhas desnecessária.

Todo mundo sai ganhando quando se reservam os tecnicismos para textos técnicos por natureza, restritos a um público altamente especializado.

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