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Conhecimentos básicos sobre saúde são tão fundamentais para o dia a dia como noções mínimas de matemática, e afetam vários aspectos da nossa vida, desde a maneira como comemos, aos remédios que utilizamos e as decisões que tomamos para ter bem-estar. Ser educado em saúde possibilita que se encontre, avalie e use informações médicas e científicas de forma mais efetiva. É uma habilidade que empodera um indivíduo para cuidar da própria saúde e a da sua família, prevenir doenças, gerenciar problemas crônicos, entender a complexidade dos sistemas de saúde do país e participar de políticas públicas.
Mas “alfabetização” em saúde não é só importante para indivíduos como também para a sociedade de modo geral. Tivemos a prova disso da pior forma possível durante a recente pandemia de Covid-19, e vivemos até agora os seus desdobramentos sociais, políticos e econômicos. A compreensão dos mecanismos que afetam o corpo humano ajuda a reduzir disparidades nos níveis de saúde da população, melhora indicadores de saúde e promove maior equidade em acesso a fatores saudáveis.
Ao contrário do que parece para muita gente, porém, conhecimento em questões de saúde não é algo que se adquire naturalmente só vivendo a vida ou enfrentando doenças do jeito que dá. A educação em saúde é um aprendizado que precisa começar cedo, em casa e na escola, e seguir depois vida afora, com constante atualização e adaptação às novas descobertas da ciência e as mudanças de estilo de vida de cada época.
Tendo em vista nosso ambiente midiático sobrecarregado de desinformação e fake news, uma discussão sobre uma educação em saúde mais formal e continuada merece entrar com urgência na pauta da imprensa, dos educadores, das autoridades de governo, do alto escalão corporativo e das grandes operadoras de saúde que atuam no Brasil. E a grande vantagem disso é que (quase) todo mundo sai ganhando quando se aprende desde jovem qual a diferença entre uma infecção aguda e uma doença crônica, como os medicamentos funcionam, por que a amamentação é importante e qual a lógica dos estudos científicos e das recomendações em saúde, por exemplo.