Conhecer as siglas e o jeito de escrever de comunidades online não significa adotá-los nas comunicações ao público e na produção de conteúdo. Mas, para quem trabalha com nichos, a familiaridade com esse tipo de linguagem é essencial para acompanhar como muitas das conversas da atualidade ocorrem e até para inserir alguns dos acrônimos mais consagrados em conteúdos que precisam ser encontráveis pelas ferramentas de busca.
O uso das siglas na troca de mensagens de comunidades online é até anterior às mensagens de texto e à digitação rápida dos celulares de agora. O fenômeno origina um idioma todo particular que cria um clima de identificação entre quem conversa.
Para quem administra a comunidade, disponibilizar glossários de siglas ajuda com o engajamento de novos usuários, assim como treinar moderadores que apresentem a “língua da plataforma” a quem está chegando e não está entendendo nada.
As comunidades, que nos primórdios da internet eram os fóruns de discussão, são uma rica fonte de insights e devem fazer parte de pesquisas de conteúdo de quem se interessa por saber como andam a experiência e a comunicação de certas pessoas no dia a dia. A migração dos fóruns abertos para grupos em plataformas de redes sociais e WhatsApp dificulta o acesso de produtores de conteúdo, mas não o inviabiliza.
É preciso ter em mente, porém, que grupos tão dedicados a um nicho específico podem ter vieses e opiniões mais radicalizados que o pensamento geral sobre aquele assunto na vida real.
O potencial de engajamento de grupos é tão grande que não só as grandes plataformas vêm investindo em recursos para a administração de comunidades, como produtores de conteúdo se esforçam para criar um comportamento de comunidade entre seus seguidores, mesmo que seja apenas no espaço para comentários do Instagram.
